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Empurrado pela sua fanática torcida, o Sport começou melhor, pressionando o Palmeiras em seu campo de defesa. Sob os tradicionais gritos de “Cazá! Cazá! Cazá!”, os pernambucanos tomaram a iniciativa. Mas os primeiros minutos foram mais de estudo por parte das duas equipes. Estudo e uma pitada de tensão: empurra-empurra, troca de cotoveladas e o árbitro paraguaio Carlos Torres não demorou para mostrar os cartões amarelos: Vandinho, do Sport, e Danilo, do Palmeiras, foram os contemplados.
Chance de perigo só foi ocorrer aos 20 minutos, quando o zagueiro Igor avançou pela lateral quase como um ponta-direita, foi à linha de fundo, cortou para dentro e finalizou para a difícil defesa de Marcos. E no momento em que o Sport era melhor, o Palmeiras surpreendeu. Aos 23, Cleiton Xavier cobrou falta na área, Diego Souza desviou de cabeça, Maurício Ramos completou e Keirrison, quando a bola já tinha cruzado a linha do gol, ainda deu o último toque. Ludibriado pela comemoração do K9, o juiz deu o gol para o artilheiro do Verdão que colocou fim ao jejum de quatro jogos sem balançar a rede.
A barulhenta torcida do Leão, munida de apitos e chocalhos (chamados de rói-rói), sentiu o golpe. Em campo, o Rubro-Negro não diminuiu o ritmo e, aos 27, Paulo Baier teve a chance de empatar. Marcos fez mais uma bonita defesa, agora em chute de longe.
NO SEGUNDO TEMPO, O GOLPE FATAL
"Voltamos a ter espírito de Libertadores da América (Vanderlei Luxemburgo)"
Aos 15 minutos, os jogadores do Sport e a torcida quiseram pênalti, mas sem razão. Sandro Goiano arriscou de fora da área e o zagueiro Danilo cortou. Os pernambucanos pediram toque de mão, mas o juiz mandou o jogo seguir... Com o passar do tempo, a apreensão do time de Nelsinho ficava ainda mais evidente. A bola passava mais tempo com o Leão, mas os erros por nervosismo se repetiam.
Percebendo o domínio do Sport, Luxa resolveu se proteger. O treinador tirou o atacante Keirrison e reforço a marcação com o volante Sandro Silva. No primeiro lance depois da substituição, Marcos salvou a pátria verde. Paulo Baier achou espaço na área e soltou a bomba. O goleirão, que não é chamado de “santo” à toa, se esticou para evitar o gol.
Aos 22 minutos, os técnicos gastaram suas as últimas fichas do banco de reservas. Luxa mudou na zaga: Marcão no lugar de Maurício Ramos; Nelsinho mexeu no ataque: Wendel por Vandinho. Cinco minutos depois, Diego Souza, o melhor da noite decretou o placar. Em mais uma jogada individual, o camisa 7 partiu do meio-de-campo, enfilerou três marcadores, invadiu a área e tocou sobre Magrão. A bola bateu no travessão e caprichosamente morreu no gol. Golaço !!!
O Sport perdeu uma invencibilidade de 25 jogos. Desde 15 de novembro do ano passado, o Leão acumulava uma série de 22 vitórias e três empates. Na Ilha do Retiro, o time não perdia desde agosto, somando 20 jogos sem saber o que era uma derrota em casa.
FICHA TÉCNICA:
SPORT 0 x 2 PALMEIRAS | |
Magrão; Igor, César e Durval; Moacir (Luciano Henrique), Daniel Paulista (Sandro Goiano), Andrade, Paulo Baier e Dutra; Ciro e Vandinho (Weldon) | Marcos; Fabinho Capixaba, Maurício Ramos (Marcão), Danilo e Armero; Edmílson, Pierre, Cleiton Xavier e Diego Souza; Willians (Ortigoza) e Keirrison (Sandro Silva) |
Técnico: Nelsinho Baptista | Técnico: Vanderlei Luxemburgo |
Gols: Keirrison, aos 23 minutos do primeiro tempo; Diego Souza, aos 27 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Vandinho, Ciro e Andrade (S); Danilo, Maurício Ramos, Ortigoza, Fabinho Capixaba e Edmílson (P). | |
Púbilco total: 19.386 pessoas / Renda: R$ 902.960,00 | |
Estádio: Ilha do Retiro, Recife (PE). Data: 8/4/2009. Árbitro: Carlos Torres (PAR). Auxiliares: Nicolás Yegros (PAR) e Emigdio Ruiz (PAR) |
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