O atacante Adriano revelou em entrevista coletiva nesta quinta-feira, num hotel da Zona Oeste do Rio, que vai ficar sem jogar por tempo indeterminado. A ideia do Imperador, que se disse infeliz no futebol italiano, é repensar a carreira nos próximos meses.
Adriano aproveitou para negar veementemente que tenha problemas de saúde.
- Não sou doente. O Adriano não está morto (risos). Estão até me matando - declarou.
Segundo disse o atacante, ele não sofre nem mesmo de depressão. Ele tentou externar o que se passa com sua vida no momento.
- Queria explicar o que houve nos últimos dias. Colocaram muitas coisas no jornal. Tudo o que eu fiz foi bem pensado. Conversei com minha família, meus amigos e meu empresário. Estou fazendo isso pensando na minha felicidade. Não tenho nada contra o Inter, só não gostava de viver na Itália. Eu me sentia pressionado e suportei uma pressão grande desde os 18 anos de idade. Muita gente não vai entender, é uma situação ruim, chata, não é fácil. Mas é uma opção de vida.
Em relação às suas idas à Vila Cruzeiro, favela da Zona Oeste do Rio onde nasceu e foi criado, Adriano foi tachativo.
- Não vou deixar de frequentar a minha comunidade de maneira alguma. É lá que eu fico à vontade, de bermuda e descalço. Não tenho esse tipo de contato (com traficantes). Mas sei que lá têm pessoas boas e as que seguiram outro tipo de vida. Se falar que nunca vi (bandidos), é mentira. Só que uma coisa é saber quem é, outra é se relacionar - afirmou.
Perguntado se havia a possibilidade de voltar a jogar por um clube brasileiro, Adriano só deu uma opção:
- Se eu for jogar no Brasil, tem de ser no Flamengo. Se não minha avó me mata - finalizou, com bom humor.
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