domingo, 26 de abril de 2009

Coritiba bate Atlético-PR na Arena e adia briga pelo título para a última rodada

Com René Simões no banco, Coxa faz 4 a 2 na casa do adversário, mas Furacão continua dependendo apenas de si para levar o caneco

GLOBOESPORTE.COM Curitiba


Marcelinho Paraíba comemora o seu gol, o primeiro do Coritiba no clássico na Arena

O Coritiba se mantém vivo no Campeonato Paranaense. Em clássico emocionante, quebrou um jejum de oito anos sem vitória na Arena da Baixada ao fazer 4 a 2 no Atlético-PR, empatando com o rival na liderança do octogonal decisivo, com 14 pontos. Embora tenha perdido a chance de comemorar com uma rodada de antecipação, o time rubro-negro continua dependendo de si para levantar o caneco.

Como tem vantagem por ter feito campanha melhor na primeira fase, precisa apenas ganhar do Cianorte na última rodada, às 16h do próximo domingo, novamente na Arena. No mesmo horário, o Coritiba recebe o Nacional - que bateu o J. Malucelli por 1 a 0 e tirou do adversário a chance de assumir a liderança. Com 13 pontos e ainda na briga, o Jotinha enfrenta em casa o Paraná.

Clique e confira a classificação do octogonal decisivo

O técnico René Simões, que em princípio assistiria de longe à partida, ficou no banco de reservas na Arena da Baixada e fez a sua estreia no comando alviverde. Os gols que acabaram com um jejum de oito anos sem vitória na casa do rival foram de Marcelinho Paraíba, Marcos Aurélio, Ariel e Marlos. Rafael Moura e Marcinho marcaram para os donos da casa.

Visitantes mandam nos primeiros 45 minutos

O Coritiba controlou a primeira etapa, beneficiado por um gol logo no início. A torcida ainda lamentava a demora de Ariel - que foi a surpresa da escalação, no lugar do rápido Marlos - num contra-ataque. Pois foi no argentino que bateu a cobrança de falta de Marcos Aurélio aos seis minutos, fazendo com que a bola sobrasse na entrada da área para Marcelinho Paraíba chutar forte, contando com a falha de Galatto.

Com a vantagem no placar, o visitante passou a tocar a bola com calma do meio-campo para frente. Mas o que dava tranquilidade mesmo ao time era a eficiente marcação do sistema defensivo. O trio de zaga levou a melhor em quase todas as jogadas, e no meio Carlinhos Paraíba se multiplicava pelo campo.

Outro chute de Carlinhos Paraíba, uma bomba na trave, originou o segundo gol do Coxa. Na sequência do lance, Rodrigo Mancha deu ótimo passe para Márcio Gabriel, que tomou a frente de Netinho e sofreu pênalti. Marcos Aurélio encheu o pé na cobrança e fez 2 a 0, aos 20 minutos. Foi o seu sétimo gol no Estadual.

Agência/Agência Estado

O rubro-negro Julio dos Santos faz marcação sobre Carlinhos Paraíba, do Coritiba

O controle do Coritiba era tanto que Marcelinho Paraíba se permitiu alguns lances de displicência, caindo de produção nos últimos 15 minutos. O Atlético, por sua vez, não produziu um único lance de ataque com a bola rolando. Só conseguiu chegar à área adversária em cobranças de falta.

A torcida, insatisfeita com o que via, vaiava o time após jogadas erradas - e não foram poucas. O ala Netinho foi um dos mais visados. Além dele, quem não esteve em um bom dia foi Galatto. Aos 37 minutos, por pouco o Coritiba não marcou o terceiro gol em uma falha sua. Ele saiu em falso numa cobrança de escanteio e permitiu que Mancha cabeceasse para fora.

Na saída para o intervalo, o meia rubro-negro Marcinho foi direto ao ser perguntado o que faltara ao time:

- Faltou jogar.

Atlético melhora e reage

Não havia como a atuação dos donos da casa no segundo tempo ser pior. Com duas modificações (Julio dos Santos e Júlio César nos lugares de Lima e Wallyson), o Atlético começou mostrando mais vontade e ocupando mais espaço no campo de ataque.

A torcida passou a jogar junto com o time. E transformou a Arena em um caldeirão a partir dos 12 minutos, quando Rafael Moura aproveitou falha do zagueiro Cleiton e tocou na saída de Vanderlei, marcando seu décimo terceiro gol no campeonato.

Acuado, o Coritiba já não conseguia trocar passes no ataque e se virava como podia para conter a pressão atleticana. Mas a marcação já não era tão eficiente quanto na primeira etapa. Um exemplo disso foi o pênalti bobo cometido por Leandro Donizete sobre Wallyson. Marcinho cobrou e empatou a partida: 2 a 2, aos 20 minutos. O Atlético estava, portanto, a um gol do título, já que em Rolândia o J. Malucelli era derrotado pelo Nacional.

Marlos entra e ajuda Coxa a vencer

Em seguida, René Simões trocou Marcos Aurélio por Marlos na tentativa de dar mais consistência ao seu meio-campo e manter a estratégia de contragolpes. O terceiro gol saiu justamente num lance pela esquerda do jogador, que causou um escanteio. Marcelinho Paraíba cobrou, e a bola sobrou para Ariel, na entrada da pequena área, marcar.

E foi Marlos que fechou o placar, já nos acrécimos. O meia, que antes do jogo vinha sendo perseguido pela torcida por problemas na renovação de contrato, driblou Márcio Gabriel e chutou no canto de Galatto. O Coxa fez a festa na Arena, assim como no ano passado, quando conquistou o título estadual no estádio. Desta vez, no entanto, o campeonato não termina em um Atletiba.

Ficha técnica:

ATLÉTICO-PR 2 x 4 CORITIBA
Galatto, Antônio Carlos, Rhodolfo e Chico; Raul, Jairo, Julio dos Santos (Lima), Marcinho e Netinho (Márcio Azevedo); Júlio César (Wallyson) e Rafael Moura. Vanderlei, Felipe, Cleiton e Pereira; Márcio Gabriel (Rodrigo Hefner), Rodrigo Mancha, Donizete, Carlinhos Paraíba e Marcelinho Paraíba (Guaru); Marcos Aurélio (Marlos) e Ariel.
Técnico: Geninho. Técnico: René Simões.
Gols: Marcelinho Paraíba, aos seis, Marcos Aurélio, aos 20 minutos do primeiro tempo. Rafael Moura, aos 12, Marcinho, aos 20, Ariel, aos 30, e Marclos, aos 46 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Rafael Moura, Netinho, Marcinho, Lima (Atlético-PR); Rodrigo Mancha, Marcelinho Paraíba, Cleiton, Felipe (Coritiba).
Estádio: Arena da Baixada. Público: 21.517 pagantes. Renda: R$ 297.870. Data: 26/04/2009. Árbitro: Edivaldo Elias da Silva. Auxiliares: Aparecido Donizete Santana e José Carlos Passos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário