sábado, 9 de maio de 2009

Vasco inicia Série B com vitória

Atacante Rodrigo Pimpão marca o gol da vitória no segundo tempo

Thiago Lavinas Rio de Janeiro


Os torcedores já avisavam na música criada para empurrar o time na Série B e cantada antes mesmo de o time entrar em campo: "Ih para a Primeira eu vou subir / E da Segunda eu vou passar / Na alegria ou na tristeza / Eu nunca vou te abandonar / Oh, Vasco olê, olê, olê / Vasco olê, olê, olê / Vasco olê, olê, olê". E a torcida, realmente, não abandonou o time. Sem silenciar por um minuto, empurrou o Vasco na vitória por 1 a 0 sobre o Brasiliense, neste sábado, em São Januário, na estreia do clube na Série B do Campeonato Brasileiro.

O jogo foi difícil, batalhado. Contra um adversário perigoso, que assustou por vários momentos. Mas com um gol de Rodrigo Pimpão, no segundo tempo, o Vasco conseguiu dar o primeiro passo da longa caminhada que terá pela frente para voltar à elite do futebol brasileiro. Agora, o time carioca enfrenta na segunda rodada o Ceará, em Fortaleza, no próximo sábado. No mesmo dia, o Brasiliense encara o Campinense, em casa.

Dentro de São Januário, a festa foi grande antes da partida. Além das tradicionais músicas, os torcedores estenderam faixas enormes de apoio. Uma delas dizia ‘Sempre do seu lado’ em letras gigantes.

Para completar, o atacante Aloísio, de 34 anos e que estava no Qatar, foi apresentado como reforço para a disputa da Série B. Mostrando já estar em casa, ele não teve receio de passar no meio da torcida. Tirou fotos, foi abraçado, deu autógrafos. E já caiu no gosto dos cruzmaltinos.

Aloísio recebe um abraço do presidente Roberto Dinamite

- Quero agradecer a todos os times que me fizeram proposta, mas o meu coração me mandou vir para cá principalmente pelo projeto. Eu gosto de desafios - disse Aloísio, que assistiu ao jogo em um camarote de São Januário.

A única notícia ruim foi a lesão de Tiago. Antes do jogo, o goleiro teve um problema no menisco do joelho direito e vai precisar operar nesta segunda-feira. Com isso, ele deve ficar cerca de 30 dias fora do time. Fernando Prass foi escalado em seu lugar para a partida.

Brasiliense leva mais perigo

O Vasco começou a partida motivado e pressionando. Carlos Alberto, com um novo penteado e de chuteiras vermelhas, comandava o time. Aos quatro minutos, o meia tentou um chute de fora da área. A bola foi para fora. Logo em seguida Rodrigo Pimpão recebeu passe na área, mas bateu pressionado e o goleiro Guto defendeu sem dificuldade.

O jogo era bastante movimentado. Empurrado pela torcida que lotou São Januário, o Vasco seguia tentando. Aos 13 minutos, Paulo Sérgio cruzou pela direita e Elton cabeceou para fora com muito perigo. Aos 28, Carlos Alberto e Rodrigo Pimpão tabelaram bem na entrada da área. O chute do meia, porém, saiu nas mãos do goleiro Guto.

Mas faltou também pontaria ao time carioca. Léo Lima e Elton arriscaram de fora da área, mas sem perigo. No final do primeiro tempo, o Vasco queria um pênalti do goleiro Guto em Rodrigo Pimpão. Mas a dividida foi normal e o árbitro paulista Rodrigo Braghetto acertou ao marcar apenas escanteio.

O Brasiliense não ficou apenas se defendendo. E chegou até com mais perigo no primeiro tempo. Por duas vezes, quase marcou. Ailson recebeu na área e chutou cruzado. Fernando Prass ainda tocou na bola, que bateu na trave e para sorte dos vascaínos voltou nas mãos do goleiro. Outra chegada perigosa foi aos 40 minutos. Julio César explorou bem o espaço deixado pelo lateral Ramon pela esquerda, ganhou na corrida de Carlos Alberto, que se esforçava para tentar cobrir o companheiro, e chutou cruzado. A bola passou muito perto do gol de Fernando Prass.

E o primeiro tempo terminava sem gols, mas com os torcedores aplaudindo os jogadores vascaínos. Enquanto isso, alguns torcedores que não conseguiram ingressos tentaram invadir o estádio pelo portão da piscina. Mas foram retirados por policiais após muito corre-corre.

Rodrigo Pimpão marca o primeiro gol do Vasco na Série B

Carlos Alberto parte para o ataque observado por um adversário

O Vasco voltou para o segundo tempo tentando manter a pressão. Logo no primeiro minuto, Léo Lima deu excelente passe para Ramon. O lateral perdeu o tempo da bola, tentou driblar o goleiro Guto e acabou desarmado. Em seguida, vários cruzamentos perigosos para área, mas sem ninguém para concluir.

Aos cinco minutos, Carlos Alberto foi derrubado na entrada da área. Ótima oportunidade. Mas o meia cobrou na barreira. Apenas após sete minutos, o Brasiliense conseguiu cruzar o meio-campo tocando a bola.

O primeiro lance de perigo do Brasiliense veio aos 14 minutos. Fábio Júnior arrisco de fora da área e o goleiro Fernando Prass espalmou a bola para escanteio.

Mas o gol vascaíno surgiu aos 16 minutos em uma jogada muito bem trabalhada. Carlos Alberto recebeu pela direita. Marcado por dois adversários, ele tocou para Léo Lima, que dominou e passou para Ramon, sem perder tempo. A bola saiu de um lado para o outro do campo. O lateral então viu Rodrigo Pimpão na área. O toque foi preciso. O atacante dominou e chutou no canto esquerdo de Guto. Vasco 1 a 0. E a torcida, eufórica, começou a cantar "e o sentimento não pode parar". Foi o nono gol de Rodrigo Pimpão na temporada, que divide a artilharia do time com o companheiro de ataque Elton.

A torcida cruzmaltina também não perdia a chance de ironizar a vinda de Adriano para o Flamengo. E lembrava aos rubro-negros que Juninho Pernambucano, um dos maiores ídolos do clube na última década, um dia vai voltar do Lyon, da França.

Com a vantagem, o Vasco procurou administrar a partida. E só levou um susto quando uma sobrou limpa para Fábio Júnior na área. Mas o atacante furou feio. Para a sorte dos cruzmaltinos. E a primeira missão foi cumprida. Aos gritos de "Vamos subir, Vasco! Vamos subir, Vasco!".

Ficha técnica:

VASCO 1 x 0 BRASILIENSE
Fernando Prass; Paulo Sérgio, Vilson, Gian Mariano e Ramon; Amaral, Mateus (Nilton), Léo Lima e Carlos Alberto; Rodrigo Pimpão (Alan Kardec) e Elton (Bruno Gallo). Guto; Aílson, Cris e César Gaúcho (Ji-Paraná); Julio César (Chefe), Pedro Ayub, Juninho, Éder (Ricardinho), Iranildo e Edinho; Fábio Júnior.
Técnico: Dorival Júnior. Técnico: Roberval Davino .
Gol: Rodrigo Pimpão aos 16 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Pedro Ayub e Juninho (Brasiliense); Paulo Sérgio e Carlos Alberto (Vasco)

Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro.

Data: 09/05/2009.

Árbitro: Rodrigo Braghetto (SP). Auxiliares: Claudson Lincolon Beggiato (SP) e Dante Mesquita Júnior (SP).

Público: 13.606 pagantes / 15.446 presentes

‘Robinho voltou a fazer gols depois que eu voltei a jogar’, diz Elano

Novamente titular do Manchester City, meia comemora evolução do amigo antes do clássico com o United e fala em renovar contrato

Thiago Dias Rio de Janeiro

Os santistas sabem como ninguém como a dupla Robinho-Elano funciona bem. O técnico Mark Hughes demorou a entender isso no Manchester City. Depois de barrar o meia por boa parte da temporada, o treinador voltou a dar chances a Elano nas últimas rodadas e não se decepcionou: juntos, os dois passaram a ser os destaques do time e o camisa 10 reencontrou o caminho dos gols.

Irritado com o banco, Elano chegou a ameaçar que iria embora no final da temporada. Mas, titular novamente e autor de dois gols nas últimas três partidas, o meia mudou de ideia e já fala até em renovação de contrato. Com ele em campo, Robinho renovou o humor.

- Eu tentava explicar ao técnico que eu podia jogar e ajudar o time. Agora que eu estou jogando, o time cresceu, o Robinho evoluiu. Eu entendo a maneira dele de jogar, nós nos conhecemos. Ele voltou a fazer gols a partir do momento que eu voltei a jogar – disse Elano, por telefone, neste sábado, véspera do clássico com o Manchester United.

Agência/Reuters

Robinho e Elano juntos: dupla tem sido decisiva nas últimas vitórias do Manchester City

O camisa 10 do City demorou a marcar em 2009 e só balançou a rede novamente contra o West Brom, em 19 de abril, quando Elano também deixou o seu na vitória por 4 a 2. Depois dessa partida, com o meia de titular, mais dois triunfos, sobre Everton e Blackburn.

Após as boas atuações, Elano passou a falar em renovar o contrato com o City, mesmo faltando dois anos para o término do seu compromisso. Sua intenção é resolver logo essa situação, para que as negociações não atrapalhem seu desempenho na próxima temporada, que terminará pouco antes da Copa do Mundo.

- Meu interesse de renovar é grande. Quero deixar claro que a Copa está aí e é a minha prioridade, estou pensando no futuro. Não posso chegar perto do Mundial tendo que renovar contrato. Não quero que nada me atrapalhe. Espero que ele (Mark Hughes) possa me entender – disse.

Elano é o rei dos pênaltis no City: não perde nenhuma cobrança dentro da área

Apesar da vontade de continuar em Manchester, o ex-santista não descarta uma transferência. Principalmente depois de Hughes ter dito que ainda é cedo para conversar sobre renovação.

- Se ele não quiser renovar, vou atrás de outro time.

Clássico no Dia das Mães

Na última temporada, Elano venceu o Manchester United nos dois clássicos que disputou pelo City. No campeonato atual, perdeu o primeiro, em casa. Agora, o meia quer o troco. De preferência, com direito a mais um gol.

- Se eu marcar posso fazer uma homenagem à minha mãe, já que será Dia das Mães, né? Mas prefiro ficar quieto antes dos jogos, sem prometer gol.

Em campo, o maior rival será Cristiano Ronaldo. Em excelente fase, o craque português vem liderando os Diabos Vermelhos rumo a mais um título inglês e da Liga dos Campeões.

- Não deveremos ter marcação especial nele não. O melhor é marcar por zona, temos que nos posicionar bem.

Aloísio Chulapa é apresentado em São Januário

Atacante é recebido pelos torcedores que começam a chegar ao estádio vascaíno para acompanharem o jogo contra o Brasiliense

Thiago Lavinas e Leandro Menezes Rio de Janeiro

Tamanho da letra

Aloísio mostrou simpatia com os torcedores

Recém-contratado pelo Vasco até o fim do ano, o atacante Aloísio Chulapa se apresentou, neste sábado, em São Januário. A presença do jogador é uma espécie de presente da diretoria para os torcedores que começam a chegar ao estádio vascaíno para o jogo contra o Brasiliense, na estreia das duas equipes na Série B do Brasileiro.

Mostrando muito bom-humor ao lado do presidente Roberto Dinamite, o atacante distribuiu sorrisos e vestiu a camisa nove do Vasco. O mandatário vascaíno se mostrou otimista com a nova contratação.

- O Vasco traz o Aloísio para que ele seja uma referência da equipe lá na frente. É um cara com astral positivo, é um grande jogador, um grande caráter e vai ajudar muito a nossa equipe. Ele vem para somar e está sendo recebido de braços abertos, como grande goleador que ele é - disse Dinamite.

Ao fim da apresentação, o jogador foi muito aplaudido e recebeu um abraço de Dinamite.

Tarde de festa em São Januário

Torcedores chegam cantando músicas de incentivo antes da estreia do time na Série B

Leandro Menezes e Thiago Lavinas Rio de Janeiro

Tamanho da letra

Faixa de apoio estendida em São Januário

A torcida do Vasco promete fazer uma grande festa na tarde deste sábado, em São Januário, na estreia do time na Série B do Campeonato Brasileiro, contra o Brasiliense. Com mais de dez mil ingressos vendidos antecipadamente, o estádio deverá estar lotado para a partida que começará às 16h. Os vascaínos chegam fazendo muita festa e cantando músicas de incentivo aos jogadores.

Dentro de São Januário, os torcedores estenderam faixas enormes de apoio. Um delas dizia ‘Sempre do seu lado’ em letras gigantes. Ela foi presa na marquise do estádio, atrás do gol do lado oposto à estátua de Romário.

Nas sociais, muitas crianças eram recebidas por uma equipe de monitores. Eles foram treinados para atender aos pedidos de fotos antes do início do jogo. Fogos eram estourados a todo momento.

Novo atacante na Colina


A confirmação da contratação do atacante Aloísio encheu ainda mais de esperança os torcedores do Vasco. Quando ele chegou em São Januário foi falar com os vascaínos, tirou fotos e deu autógrafos antes de ser apresentado como o mais novo reforço para o time do técnico Dorival Júnior.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cristiano Ronaldo revela: 'O sonho de jogar no Real Madrid morreu'

Imprensa espanhola afirma que craque jogará no clube merengue, mas português desmente e confirma que ficará no Manchester

GLOBOESPORTE.COM Manchester, Inglaterra

Tamanho da letra

Cristiano Ronaldo desmente ida para o Real

A imprensa espanhola insiste em colocar Cristiano Ronaldo no Real Madrid, mas o craque português mais uma vez foi obrigado a afirmar que ficará no Manchester United para a próxima temporada.

Na Espanha, as especulações continuam com toda força. Nesta segunda-feira, o jornal “As” publica que Florentino Pérez, candidato à presidência do Real, teria um pré-contrato já firmado com o craque e também com o brasileiro Kaká.

- Não penso mais nisso. O sonho de jogar no Real Madrid morreu. O meu único sonho é ganhar mais uma vez a Liga dos Campeões pelo Manchester United - disse ao diário inglês "Sunday Mirror".

O tabloide "Marca" afirma que Pérez também estaria de olho em Cesc Fabregas, do Arsenal.

Lateral do Real Madrid deixa escapar: 'Ibrahimovic está contratado'

Drenthe afirma que atacante sueco será seu companheiro de clube

GLOBOESPORTE.COM Madri

Tamanho da letra

Segundo Drenthe, Ibrahimovic reforça o Real

O atacante Ibrahimovic, do Inter de Milão, reforçará o Real Madrid na próxima temporada. Pelo menos é o que revelou o lateral Drenthe, do time merengue.

-Todos no Real sabem que Ibrahimovic está contratado e será o nosso companheiro na próxima temporada. Está tudo sacramentado - revelou o jogador.


A declaração do holandês vem no mesmo dia que Massimo Moratti, presidente do clube italiano, disse que confia na permanência do atleta sueco em Milão.

Ibrahimovic seria um dos alvos de Florentino Pérez, responsável pelo time galáctico. Pérez também estaria de olho em outras estrelas, como Kaká e Cristiano Ronaldo.

domingo, 3 de maio de 2009

Atlético-PR é campeão do Paraná após quatro anos

Furacão bate o Cianorte por 2 a 0 em casa e faz a festa no Paraná

GLOBOESPORTE.COM Curitiba

Tamanho da letra

Jogadores comemoram um dos gols no jogo

O torcedor do Atlético pode soltar o grito de "campeão" que estava engasgado desde 2005 para comemorar mais uma vez o título do Campeonato Paranaense. Neste domingo, o Furacão derrotou o Cianorte por 2 a 0, na Arena da Baixada, e conquistou o título estadual por ter alcançado o maior número de pontos no octogonal final.

A equipe rubro-negra chegou aos 18 pontos com o triunfo desta última rodada. O J.Malucelli venceu o Paraná e somou 16, ficando com o vice-campeonato e garantindo, assim, uma vaga na Série D 2009. O Coritiba empatou com o Nacional e foi o terceiro.

O jogo

Com dois meias - Wesley e Julio dos Santos - e dois atacantes - Wallyson e Rafael Moura -, o Atlético tentava de todas as formas sair da marcação de um fechadinho Cianorte. Mas no início o Rubro-Negro só conseguia chegar em lances de bola parada. Aos sete minutos, Raul bateu falta para a área, Rhodolfo ajeitou na segunda trave, mas a bola passou por Rafael Moura e Antônio Carlos sem que ninguém conseguisse finalizar.

Com 14 de jogo, a cobrança de escanteio pela direita encontrou a cabeça de Rafael Moura, que jogou com perigo à esquerda de Marcelo. Sete minutos depois, Raul bateu mais um corner. Rhodolfo, na segunda trave, cabeceou por cima.

Aos 29, polêmica na partida. Wallyson penetrou na área e foi tocado por Valdir. O árbitro Antônio Morais não marcou o pênalti. Para completar, o Cianorte partiu em contra-ataque perigoso. Amaral avançou até a intermediária e soltou a bomba, à direita de Galatto.

Depois dos 40, mais três chances para o time da casa. Com 42 minutos, Wesley arriscou da meia direita e Marcelo caiu para segurar firme, fazendo difícil defesa. Aos 43, Alex Sandro entrou driblando na área, mas a bola caiu no pé ruim, o direito. O chute saiu fraco, e Marcelo pegou mais uma. O goleiro do Cianorte, seguro até então, falhou no gol do Atlético. Com dois minutos de acréscimo, Wesley tentou de novo de fora da área, a bola quicou e passou por cima do camisa 1 rival: 1 a 0.

Gol no início para tranquilizar

Quem achou que o gol ia fazer o Atlético relaxar se enganou. O time de Geninho voltou intervalo com mais sede de gol ainda. Antônio Carlos chutou de fora da área por cima do gol no primeiro minuto. No ataque seguinte, Rafael Moura dividiu bola com Marcelo pelo alto e quase ampliou. O segundo gol veio, enfim, aos quatro. Fabinho derrubou Raul na área. Rafael Moura foi para a cobrança, fez duas paradinhas e acertou o canto direito. Festa na Arena!

Aos 17, quase o terceiro. Rafael Moura ajeitou para Wallyson na direita. O jovem atacante bateu rasteiro, mas Marcelo jogou para escanteio.

Os 21.587 torcedores presentes na Arena da Baixada viam que o domínio do Atlético a cada momento deixava o time mais perto do título. O Cianorte e seus ataques esporádicos não ameaçaram o Furacão.

Geninho ainda se deu ao luxo de tirar um dos principais jogadores do jogo, Wesley, na metade da etapa final. O volante Renan entrou para dar mais consistência ainda à defesa.

Rafael Moura quase decretou o resultado final com um golaço. Da meia direita, ele avançou em direção à área, mas surpreendeu a todos com um toque de cobertura dali mesmo. A bola quase entrou no ângulo direito.

Mas o bolo ficou mesmo sem a cereja. Nada que diminuísse a fome por festa da torcida rubro-negra, que desde o segundo gol não parava de cantar. Bastou só o apito final para que o mínimo de dúvidas sobre a conquista deixasse de existir, e o grito de 'campeão' tomou conta do estádio.

Ficha técnica:

ATLÉTICO-PR 2 x 0 CIANORTE
Galatto; Raul, Antônio Carlos, Rhodolfo e Alex Sandro; Jairo, Chico, Julio dos Santos (Gustavo) e Wesley (Renan); Wallyson (Lima) e Rafael Moura. Marcelo; Diego, Valdir e Macula; Lisa, Diego Gaúcho, Amaral, Dill (Fabinho) e Felipe Pinto (Maxwell); Neílson e Vinícius (Indinho).
Técnico: Geninho. Técnico: Ivo Secchi.
Gols: Wesley, aos 47 minutos do primeiro tempo; Rafael Moura, aos quatro minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Antônio Carlos (Atlético-PR); Vinícius, Lisa, Amaral, Fabinho, Macula (Cianorte).
Estádio: Arena da Baixada. Data: 03/05/2009. Árbitro: Antônio Denival de Morais (PR). Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Ricardo Vilar Neves (PR)

Bruno brilha novamente nos pênaltis, e o Flamengo é tricampeão carioca

Assim como em 2007, goleiro garante o título rubro-negro nas penalidades

Thiago Lavinas Rio de Janeiro

A torcida rubro-negra chegou confiante ao Maracanã e já cantando vitória: "Vamos ser campeões, vamos Flamengo". E antes mesmo de a bola rolar, a torcida rubro-negra já anunciava o que iria acontecer na tarde deste domingo. Só não espera sofrer tanto. O título teve, novamente, um herói. O goleiro Bruno defendeu três pênaltis (um de Victor Simões no tempo normal e outros dois, de Juninho e Leandro Guerreiro, na decisão por pênaltis) e como em 2007 virou o personagem da decisão.

O Flamengo chegou a abrir 2 a 0 no primeiro tempo com gols de Kleberson, mas permitiu o empate alvinegro no segundo tempo. Assim como no primeiro duelo, a partida terminou empatada por 2 a 2. Mas aí o goleiro Bruno fez a diferença, pegou dois pênaltis e o Flamengo garantiu o quinto tricampeonato de sua história ao vencer por 4 a 2.

Com o título, o Flamengo assumiu a hegemonia do futebol carioca. Com 31 conquistas, o Rubro-negro passou o Fluminense pela primeira vez na história. E se em 1999-2000-2001, a vítima foi o Vasco, desta vez foi o Botafogo quem vai ficar com a sina de ter perdido as três finais seguidas.

O técnico Cuca se livrou do estigma de nunca ter conquistado um título importante na carreira. Em 2007 e 2008, o treinador foi vice-campeão com o Botafogo e após a conquista da Taça Guanabara escutou a antiga torcida gritar "Vice é o Cuca". Por outro lado, Ney Franco permanece com o incômodo tabu de jamais ter vencido o Flamengo em dez jogos disputados.

A partida deste domingo foi também a última da carreira do capitão rubro-negro Fábio Luciano. O zagueiro, que completou 34 anos na última quarta-feira e levantou a taça, prometeu encerrar a carreira após a decisão do Campeonato Carioca.

Kleberson, o senhor do primeiro tempo

Kleberson comemora o primeiro gol do Fla

Parecendo não acreditar no time, a torcida alvinegra, mais uma vez, decepcionou. O setor amarelo da arquibancada estava completamente vazio. Por isso, a festa era rubro-negra, que gritava o nome de Adriano antes da partida. O Imperador acertou a volta ao clube esta semana.

Moeda para o alto e Juninho ganhou a disputa com Fábio Luciano. Parecia ser um bom sinal. O capitão alvinegro escolheu o campo do lado direito das cabines de rádio. E a partida começou com 12 minutos de atraso.

No Flamengo, Cuca surpreendeu ao barrar Zé Roberto e escalar o jovem Erick Flores no ataque ao lado de Emerson. Sem Maicosuel e Reinaldo, machucados, Ney Franco precisou mudar bastante o esquema do Botafogo. O treinador apostou no 3-6-1, com Victor Simões isolado no ataque. No início, a tática até deu certo. E nos primeiro 15 minutos, o Alvinegro chegava com mais perigo ao ataque. Leandro Guerreiro recebeu bom passe pela direita, entrou na área e chutou cruzado. Para a sorte rubro-negra, a bola explodiu em Fábio Luciano e foi para fora.

Botafogo também arriscava com a chegada surpresa do zagueiro Juninho ao ataque. Nos primeiro minutos, o capitão alvinegro deu dois chutes contra o gol de Bruno da intermediária, mas sem direção. Nas cadeiras especiais, Reinaldo sofria.

- É muito ruim ficar fora do jogo. Mas tenho que passar força aos meus companheiros - disse o atacante alvinegro.

E o desespero aumentou quando Emerson errou uma cabeçada e permitiu um escanteio para o Flamengo. Justamente o zagueiro, que nos últimos dois jogos participou decisivamente de dois gols para o adversário. Na cobrança, Juan cruzou para a área e Renan saiu mal do gol. Leandro Guerreiro tocou de cabeça para o alto. A bola sobrou para Kleberson, que cabeceou encobrindo o goleiro. E Ronaldo Angelim deu um carrinho para completar para o fundo da rede. Flamengo 1 a 0.

Na comemoração, os jogadores correram para abraçar Kleberson. O juiz Péricles Bassols também apontou para o quatro árbitro creditar o gol para o meia. Mas o verdadeiro autor foi o zagueiro, que tocou na bola antes de ela entrar. E Angelim voltou para a defesa correndo sozinho, de braços abertos, em uma comemoração particular. Até o placar eletrônico anunciava o gol para Kleberson.

Após o gol, o Botafogo tentou buscar mais o ataque. Mas, desorganizado, não levava muito perigo. Aos 31 minutos, Tulio Souza cobrou uma falta de muito longe. Mas o goleiro Bruno estava antecipado pensando que a bola seria cruzada para a área e foi surpreendido. A bola encobriu o camisa 1 e bateu no travessão.

Mas o Alvinegro insistia cometer um erro fatal: fazer muitas faltas na entrada da área. Em uma delas, cobrada por Juan, Emerson quase desviou e o goleiro Renan espalmou no susto. Na segunda, não teve jeito. Em jogada ensaiada, Ibson rolou, Juan abriu as pernas para a bola passar e Kleberson apareceu soltando a bomba. A bola desviou em Alessandro, que saiu da barreira, e encobriu o goleiro Renan. Flamengo 2 a 0.

O clima esquentou. Nas cadeiras inferiores, policiais batiam covardemente em torcedores alvinegros. E o primeiro tempo terminou com o Flamengo com a taça na mão.

Victor Simões perde pênalti, mas o Botafogo reage

Túlio Souza comemora o gol de empate

Para o segundo tempo, o técnico Ney Franco arriscou tudo. Tirou o zagueiro Emerson e colocou o meia-atacante Jean Carioca. E a sorte parecia mudar. Logo no primeiro minuto, Victor Simões chutou e Juan colocou a mão na bola dentro da área. O árbitro Péricles Bassols corretamente marcou pênalti.

O atacante pegou a bola para bater. Mas o chute foi fraco, no canto esquerdo. Bruno foi bem e defendeu. Os jogadores do Flamengo correram para abraçar o goleiro, que em 2007 brilhou na decisão de pênaltis contra o Botafogo. Na arquibancada, a torcida homenageava e gritava "Bruno é o melhor goleiro do Brasil".

O Botafogo não desanimou e partiu para o desespero. Victor Simões perdeu outra oportunidade dentro da área. Chute por cima do travessão. Aos 11 minutos, Cuca tirou Erick Flores e colocou Obina. Mas o Flamengo não melhorou.

E o que parecia improvável aconteceu. O Botafogo empatou em três minutos. Aos 16 minutos, falta na entrada da área do Flamengo. Juninho foi perfeito. Em vez da força, a categoria. Cobrança no ângulo direito de Bruno, que se esticou todo e não conseguiu tocar na bola. Um lindo gol. Aos 19, Leandro Guerreiro afastou um bola da defesa, Alessandro desviou e Túlio Souza surgiu livre na frente de Bruno. O meia tocou por cima do goleiro e empatou a partida: 2 a 2.

A pequena torcida alvinegra explodiu de alegria. Ney Franco pulou como um louco na área técnica. Já do outro lado, Cuca passava a mão na cabeça, reclamava, parecia não acreditar no que acontecia.

Após o gol, o Flamengo acordou. E usava a bola parada para pressionar. Toda falta perto da área era um desespero para a defesa alvinegra. Ibson chutou forte e Renan fez uma difícil defesa espalmando para fora.

O Botafogo passou, então, a segurar mais a bola e deixar o tempo passar. A pressão rubro-negra aumentou nos últimos cinco minutos. Ibson quase marcou em um chute da entrada da área. Depois, Josiel partiu livre pela esquerda e cruzou para Obina. Juninho cortou antes da conclusão. Aos 46, Juan cobrou falta. Dezessete jogadores na área. Renan espalmou para escanteio.

Aos 48 minutos, o zagueiro Fábio Luciano tentou concluir para o gol com a mão. Acabou expulso. E o jogo terminou. A decisão iria para os pênaltis.

Bruno brilha e defende dois pênaltis

Com o fim da partida, o zagueiro Fábio Luciano voltou para o gramado e passou a dar força aos companheiros. A arbitragem errou feio ao permitir ao zagueiro, que foi expulso, ficar em campo. O capitão ficava ao lado de Cuca para escolher os cobradores. E participava ativamente da conversa com os jogadores. Sem ser incomodado por ninguém.

A DISPUTA DE PÊNALTIS
FLAMENGO GOLS BOTAFOGO
Kleberson X X Léo Silva
Juan X Juninho
Aírton X X Gabriel
Léo Moura X Leandro Guerreiro
Ibson -- -- Victor Simões

Os cinco cobradores do Flamengo foram escolhidos por Cuca: Kleberson, Juan, Aírton, Léo Moura e Ibson. Já Ney Franco optou por Léo Silva, Juninho, Gabriel, Leandro Guerreiro e Victor Simões.

O Flamengo começou a bater. Kleberson chutou forte no canto direito de Renan, que ainda tocou na bola. Mas não defendeu: 1 a 0. Léo Silva veio em seguida e deslocou Bruno. Bola na esquerda, goleiro na esquerda: 1 a 1.

Juan foi o segundo rubro-negro. Boa cobrança no canto esquerdo: 2 a 1 Flamengo. Chegou a vez, então, do capitão Juninho. Um bomba no meio do gol, que o goleiro Bruno defendeu. O Rubro-negro ficava em vantagem.

Aírton aumentou a vantagem ao cobrar bem o terceiro pênalti. O garoto Gabriel diminuiu ao fazer o segundo gol alvinegro. O Botafogo dependia de um erro do Flamengo para seguir vivo na disputa. Mas Léo Moura bateu bem no ângulo: 4 a 2. Se Leandro Guerreiro perdesse a quarta cobrança, o título era do Flamengo. E o volante não suportou a pressão. Bateu mal, no canto direito, e Bruno defendeu. O Flamengo era tricampeão!!! E a torcida não perdoou: "Vice de novo!" gritou para os alvinegros, que saíam do Maracanã. E anunciava com uma faixa na arquibancada: a hegemonia é nossa!

Ficha técnica:

FLAMENGO 2 (4) x 2 (2) BOTAFOGO

Bruno; Aírton, Fábio Luciano e Ronaldo Angelim; Léo Moura, Willians, Ibson, Kleberson e Juan; Erick Flores (Obina) e Emerson (Josiel).

Renan; Leandro Guerreiro, Juninho e Emerson (Jean Carioca); Alessandro, Fahel, Léo Silva, Túlio Souza (Rodrigo Dantas), Eduardo e Thiaguinho (Gabriel); Victor Simões.
Técnico: Cuca. Técnico: Ney Franco.
Gols: Ronaldo Angelim aos 20; Kleberson aos 38 minutos do primeiro tempo; Juninho aos 16; Tulio Souza aos 19 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Emerson, Leandro Guerreiro, Túlio Souza (Botafogo); Willians, Ibson, Aírton, Fabio Luciano (Flamengo)

Cartão vermelho: Fábio Luciano (Flamengo).

Público presente: 84.027 pessoas

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

Data: 03/05/2009.

Árbitro: Péricles Bassols.

Auxiliares: Vagner Santos e Vinícius Almeida.

Cruzeiro faz 1 a 1 no Galo e levanta a taça

No Mineirão, Galo e Raposa ficam no 1 a 1, e a torcida celeste faz a festa com o bicampeonato

Richard Souza Belo Horizonte


Vai que a festa é sua, Gladiador!

Não faltou luta ao Atlético-MG, mas a superioridade celeste e a vantagem conquistada no primeiro jogo fizeram a diferença na decisão. O Cruzeiro é bicampeão mineiro invicto. Pela décima vez na história do clube fica com o título sem que ninguém o derrote no estadual. Conquista de número 36 do time da Toca da Raposa.

Neste domingo, empate de 1 a 1 com um rival valente e que soube valorizar a vitória adversária. Fabiano fez para o Galo, e Kléber deixou tudo igual.

Na próxima quarta-feira, o Atlético-MG terá mais um jogo decisivo. Na partida de volta das oitavas-de-final da Copa do Brasil, contra o Vitória, o time precisa fazer três gols para levar aos pênaltis. Do lado celeste, o assunto é a Taça Libertadores. Na quinta-feira, o Cruzeiro enfrenta o Universidad de Chile, em Santiago, no primeiro jogo das oitavas.

Será que dá, Galo?

Os primeiros minutos do jogo foram de muita correria no gramado do Mineirão, e festa celeste nas arquibancadas. Mas foi o Galo quem chegou mais forte. Afinal, o time precisava fazer cinco gols para ser campeão. Aos cinco minutos, Tardelli roubou a bola do zagueiro Gustavo, achou Éder Luís, mas o atacante foi travado na hora do chute. Três minutos depois, a Raposa errou na saída de bola, Éder ficou com ela dentro da área, demorou demais para concluir a jogada, e novamente foi desarmado.

Aos 12, a zaga atleticana quase fez besteira. Rafael Miranda recuou mal para o goleiro Juninho, e o atacante Soares tentou aproveitar. O Galo chegava de forma aguda. Aos 15, Marcos Rocha avançou pela direita, cruzou rasteiro, o goleirão Fábio espalmou, e os atacantes alvinegros por pouco não aproveitaram o rebote.


Aos 16, festa da minoria no Mineirão e com direito a gol de estreante. Éder Luís, insistente, avançou pela esquerda, foi até a linha de fundo e encontrou Fabiano, livre para marcar: 1 a 0. Primeiro jogo do camisa 10, e primeiro gol (assista ao vídeo acima).

A festa alvinegra durou pouco. Aos 20, Soares foi lançado na área, encarou a marcação de Marcos Rocha e acabou derrubado. Um minuto depois, Kléber cobrou rasteiro, no meio do gol, e empatou: 1 a 1. Décimo terceiro do Gladiador no Estadual. Ao contrário do domingo passado, quando imitou um galo, o camisa 30 comemorou de forma discreta (assista ao vídeo).

Mas o Galo não desanimou. Aos 24, Tardelli, artilheiro do Estadual com 16 gols, encarou a marcação dentro da área e bateu forte. A bola assustou Fábio, mas foi pela linha de fundo.

Aos 27, Wagner recebeu passe na área, tentou se livrar da marcação de Carlos Alberto com um corte seco e caiu. O árbitro Leonardo Gaciba, perto do lance, considerou que houve simulação e puniu o meia com cartão amarelo.

Depois deste lance, o jogo ficou truncado por dez minutos. Até que, aos 37, Júnior fez a ultrapassagem pela esquerda, buscou Fabiano na área com o cruzamento, só que Marquinhos Paraná evitou que ela chegasse ao atleticano.


Aos 43, o Galo fez o segundo gol, mas não valeu. Diego Tardelli recebeu cruzamento na área em posição de impedimento, e a arbitragem marcou a irregularidade. Fim de primeiro tempo. O Atlético-MG jogou melhor, mas não conseguiu ficar em vantagem.

Na saída para o vestiário, o técnico Emerson Leão, o zagueiro Marcos e o atacante Diego Tardelli foram reclamar com o árbitro Leonardo Gaciba. O treinador se queixou da auxiliar Katiuscia Mendonça, que trabalhou no jogo entre Guaratinguetá e Atético-MG, pela segunda fase da Copa do Brasil.

- É a mesma de Guaratinguetá (citando a bandeirinha), e é o mesmo Gaciba de sempre, que quer aparecer mais do que o jogador - reclamou.

Galo pressiona, mas Cruzeiro equilibra

Fabiano e Marquinhos Paraná duelam

Na volta do intervalo, o técnico Emerson Leão foi informado pelo quarto árbitro sobre sua expulsão. Insatisfeito, ele voltou a procurar Leonardo Gaciba para conversar. O árbitro disse que ele foi excluído por ter invadido o campo.

No gramado, o Galo voltou com a mesma disposição da etapa inicial e logo tudo ficou mais difícil. Aos seis minutos, Carlos Alberto fez falta dura em Wagner, recebeu o segundo cartão amarelo e acabou expulso. A vantagem numérica em campo inflamou a torcida celeste, que começou a gritar "Bicampeão!".

O time também se animou. Aos 11, Kléber invadiu a área, bateu forte de perna esquerda, mas a bola subiu muito. Dois minutos depois, o Gladiador quase virou o jogo. Ele foi lançado, ganhou na corrida de Welton Felipe, se livrou da marcação e tocou para trás. Wellington Paulista não conseguiu acertar o chute. Aos 17, Wellington devolveu a gentileza, achou Kléber na área, mas o camisa 30 bateu para fora.

Aos 26, Tardelli foi lançado na esquerda, tentou driblar o goleiro Fábio, mas caiu sozinho. O goleador ainda teve que ouvir gritos de "Pipoqueiro!" da torcida cruzeirense. Três minutos depois, Marquinhos Paraná fez jogada de craque, invadiu a área e cruzou na pequena área. Wellington Paulista dividiu com a zaga, mas não conseguiu marcar.

O gol da virada quase veio em forma de golaço. Aos 35, a zaga atleticana afastou um cruzamento, e Wagner emendou de primeira, bonito. Só que a bola foi pela linha de fundo. Aos 38, Adilson Batista deu um presente para a torcida. Ele tirou o volante Fabrício, que reclamava de dores, e lançou o ídolo Sorín. O Mineirão quase veio abaixo.

Aos 44, a festa ficou feia. Welton Felipe, Wellington Paulista e Kléber se envolveram em confusão, e os dois primeiros foram expulsos. Só que a felicidade celeste era maior. Cruzeiro, bicampeão mineiro de 2009!

Ficha técnica:

ATLÉTICO-MG 1 x 1 CRUZEIRO
Juninho, Marcos Rocha, Marcos, Welton Felipe e Júnior; Carlos Alberto, Rafael Miranda. Márcio Araújo e Fabiano (Júnior Carioca); Éder Luís e Diego Tardelli. Fábio, Jancarlos (Elicarlos), Léo Fortunato, Gustavo e Gerson Magrão;Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique e Wagner; Kléber e Soares (Wellington Paulista).
Técnico: Emerson Leão. Técnico: Adilson Batista.
Gols: Fabiano, aos 16, Kléber, aos 21 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Carlos Alberto, Rafael Miranda, Marcos Rocha (Atlético-MG); Wagner, Henrique, Jancarlos, Gustavo (Cruzeiro). Cartão vermelho: Carlos Alberto e Welton Felipe (Atlético-MG); Wellington Paulista (Cruzeiro).
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 03/05/2009. Árbitro: Leonardo Gaciba (RS). Auxiliares: Carlos Berkenbrock (SC) e Katiuscia Mendonça (ES).

Timão empata com o Peixe, termina invicto e é campeão paulista pela 26ª vez

Após tomar sufoco e começar perdendo no Pacaembu, Corinthians equilibra o jogo e consegue a igualdade com gol de André Santos

Zé Gonzalez São Paulo

O que já estava praticamente certo desde o fim de semana passado foi confirmado neste domingo. Após ter construído uma larga vantagem com a vitória de 3 a 1 na Vila Belmiro, o Corinthians poderia até perder por dois gols de diferença que ainda seria campeão. O Santos ameaçou, é verdade, saiu na frente do placar, mas não teve forças para ir além disso. O empate de 1 a 1 – gols de Kléber Pereira (pênalti) e André Santos – deu ao Timão o seu 26º título do Campeonato Paulista.

O Santos, precisando de três gols, partiu com tudo para cima. E assustou o Corinthians. A torcida do Timão, em esmagadora maioria no estádio do Pacaembu, chegou a ter momentos de aflição, apesar da enorme vantagem conseguida no primeiro jogo. Logo com 1 minuto de jogo, a bola caiu nos pés de Kléber Pereira, dentro da área. O atacante finalizou, mas foi travado pelo lateral Alessandro, que se atirou na sua frente.

O Corinthians, encurralado no seu campo, tinha dificuldade de conseguir ir ao ataque. A bola não saía do domínio santista e as investidas contra o gol de Felipe não paravam: de todos os lados, com quase todos os meias e atacantes. Aos 13, Paulo Henrique pegou rebote de escanteio, rolou para Germano que cruzou. Dois jogadores do Peixe estavam só esperando para concluir quando Alessandro, de novo, afastou o perigo logo depois de uma defesa parcial de Felipe.

GALERIA DE TÍTULOS PAULISTAS

26 Corinthians
22 Palmeiras
20 São Paulo
17 Santos
11 Paulistano
4 São Paulo Athletic
3 Portuguesa e A.A. das Palmeiras
2 Internacional, A.A. São Bento, Germânia e S.C. Americano
1 São Cateano, Ituano, Bragantino, Inter de Limeira e São Paulo da Floresta

O goleiro corintiano voltou a trabalhar aos 14 e aos 17. O Santos era pressão total. Aos 18, Madson invadiu a área e cruzou forte. Kléber Pereira se atirou no lance, tentando alcançar, mas chegou alguns centímetros atrasado. A pequena torcida do Peixe se animava. Aos 22, Kléber acertou a finalização, mas Felipe defendeu. Quatro minutos depois, eles se encontrariam novamente. Lançado, o atacante tentou driblar o arqueiro e foi derrubado: pênalti.

Neste instante, o técnico da seleção brasileira, Dunga, que era esperado desde o início do jogo, acabava de chegar à tribuna de honra da Prefeitura. E ele teve tempo de assistir Kléber Pereira ajeitar a bola, tomar distancia, correr e estufar a rede do Timão aos 28 minutos.

O 1 a 0 no placar – aliado ao melhor futebol – fez alguns torcedores do Peixe buscarem forças no passado. Em 1995, quando precisou fazer uma diferença de três gols no Fluminense para ir à decisão do Campeonato Brasileiro, aquele time liderado por Giovanni começou a goleada de 5 a 2 exatamente num pênalti cobrado pelo então camisa 10 no mesmo gol do portão de entrada do Pacaembu. Será?

Só esqueceram de avisar André Santos. Numa das primeiras investidas do Corinthians, aos 33, Dentinho rolou para o lateral-esquerdo que encheu o pé e empatou o jogo. A Fiel, que parecia assustada, respirou aliviada.

Durante o primeiro tempo, o árbitro Sálvio Spinola Fagundes Filho teve de pedir para a bola ser trocada duas vezes. Na primeira, ele interrompeu um ataque do Timão. Na segunda, acabou gerando um princípio de confusão entre Domingos e Ronaldo. O Fenômeno tocou a bola para fora, para a substituição, e queria que o Santos devolvesse. Como não houve a devolução, ele reclamou. Na saída para o intervalo, o zagueiro e o atacante bateram boca. Domingos reclamou de ter sido chamado de “mau-caráter” e foi cobrar o Fenômeno:

- Pode falar comigo, mas não encosta em mim - esquivou-se Ronaldo.

Na volta do intervalo, Kléber Pereira e Neymar subiram dos vestiários com chuteiras novas. Mas a pontaria não melhorou e os dois atacantes continuaram devendo. O camisa 9 perdeu mais um gol, quando demorou para concluir e deixou Alessandro o desarmar. O camisa 7, completamente apagado na decisão, acabaria substituído aos 15 minutos por Maikon Leite.

O Santos não conseguiu repetir o ritmo do começo do jogo. A posse de bola, que antes era só do Peixe, já ficava mais dividida. Com ela nos pés, os jogadores do Timão arrancavam gritos de olé das arquibancadas. Aos poucos, os torcedores começavam a acreditar que o título já tinha dono. Aos 34, os primeiros gritos de “é campeão”.

Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM

André Santos corre para comemorar o gol de empate que deu o título ao Timão

As alterações de Vagner Mancini não surtiram efeito. Além de Molina, entraram Róbson e Molina. O Peixe estava entregue. Nos minutos finais, praticamente nenhuma chance de gol dos dois lados. O Corinthians tocava a bola, fazia o tempo passar e irritava o adversário. Domingos, que de tanto bater já poderia ter sido expulso, foi receber o cartão vermelho nos minutos finais, ao derrubar Ronaldo.

Em reconhecimento, a torcida do Santos gritava o nome do time. E a do Corinthians explodia com gritos de “é festa, é festa na favela” e “ôôô, o Coringão voltou”. Há 37 anos que o Paulistão não tinha um campeão invicto. Desde 1972, quando o Palmeiras levantou a taça sem perder um jogo, ninguém mais tinha conseguido isso. O Timão conseguiu: 23 partidas, 13 vitórias e dez empates.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 1 x 1 SANTOS
Felipe; Alessandro, William, Diego e André Santos (Welington Saci); Cristian, Elias e Douglas (Fabinho); Dentinho (Morais), Ronaldo e Jorge Henrique Fábio Costa, Luizinho (Molina), Domingos, Fabiano Eller e Triguinho; Roberto Brum, Germano e Paulo Henrique (Róbson); Neymar (Maikon Leite), Kléber Pereira e Madson
Técnico: Mano Menezes Técnico: Vagner Mancini
Gols: Kléber Pereira (pênalti) aos 28 e André Santos aos 33 minuntos do primeiro tempo
Cartões amarelos: Felipe, Elias, Cristian, Dentinho e Douglas (C); Neymar, Fabiano Eller, Roberto Brum Germano (S). Cartões vermelho: Domingos (S)
Público: 35.175 pagantes. Renda: R$ 1.894.376,00
Estádio: Pacaembu, São Paulo. Data: 3/5/2009. Árbitro: Salvio Spinola Fagundes Filho. Auxiliares: Vicente Romano Neto e Giovani Cesar Canzian.

Com apoio do agente 007, Liverpool bate Newcastle

Reds ficam a três pontos do líder Manchester United. Brasileiro Lucas deixa sua marca no triunfo realizado em Anfield Road

GLOBOESPORTE.COM Liverpool, Inglaterra

Intérprete do agente 007 nas telas do cinema, Daniel Craig acompanha vitória do Liverpool

Sem muito esforço e com o apoio do agente 007, o Liverpool derrotou o Newcastle por 3 a 0, neste domingo, em partida válida pela 35ª rodada do Campeonato Inglês . Com o triunfo alcançado em Anfield Road, os Reds chegaram aos 77 pontos e seguem com chances de conquistar o título. A equipe dos brasileiros Lucas, que fez um dos gols, e Fábio Aurélio está em segundo lugar com três pontos a menos que o líder Manchester United que tem um jogo a menos.

Contando com apoio de sua apaixonada torcida – que teve o reforço do ator Daniel Craig, que interpreta o agente 007 nos cinemas -, o Liverpool começou a partida pressionando e desperdiçando boas oportunidades.

Mas, aos 22, a defesa visitante ruiu. Kuyt fez boa jogada pela ponta direita e cruzou na medida para o israelense Benayoun que, em posição duvidosa, só teve o trabalho de empurrar para o gol de Steve Harper.

Seis minutos depois foi a vez de Kuyt deixar o seu após escanteio cobrado por Gerrard. No segundo tempo, com o resultado nas mãos, os Reds cozinharam a partida e, aos 42, fez mais um em uma jogada totalmente brasileira: Fábio Aurélio cruzou na cabeça do ex-gremista Lucas que só teve o trabalho de desviar e colocar no fundo das redes.

Agência/Getty Images

Fábio Aurélio, Gerrard e Kuyt comemoram vitória do Liverpool em Anfield Road

Se o resultado deixou o Liverpool ainda sonhando com a glória, o mesmo não pode se dizer do tradicional Newcastle. Os Magpies seguem com 31 pontos, na 18ª colocação, ameaçadíssimo de rebaixamento. Para piorar, o Hull City, primeiro clube fora da zona de descenso, está com três a mais e ainda joga nesta segunda-feira contra o Aston Villa podendo aumentar ainda mais a diferença.

Confira os resultados da 35ª rodada do Campeonato Inglês

Sábado

Middlesbrough 0 x 2 Manchester United
Chelsea 3 x 1 Fulham
Man City 3 x 1 Blackburn
Portsmouth 0 x 3 Arsenal
Stoke 0 x 1 West Ham
Tottenham 1 x 0 West Brom
Wigan 0 x 0 Bolton

Domingo

Liverpool 3 x 0 Newcastle
Sunderland x Everton

Segunda-feira

Aston Villa x Hull City

Milan derrota Catania e segue na luta pelo Scudetto

Vitória na Sicília praticamente assegura clube rossonero na Liga dos Campeões da próxima temporada

GLOBOESPORTE.COM Catânia, Itália

Tamanho da letra

Kaká comemora vitória sobre o Catania

Com um ótima atuação de Kaká, o Milan bateu o Catania por 2 a 0, fora de casa, neste domingo, mantendo o sonho de conquistar o título italiano. Com o resultado, o clube rossonero chegou aos 70 pontos, sete a menos que o líder Internazionale.

Faltando quatro rodadas para o término do Calcio, o time de Kaká e companhia precisa vencer todos seus compromissos e torcer por três tropeços do arquirrival. Mas se para conquistar o Scudetto a tarefa é difícil, a vaga na próxima Liga dos Campeões, torneio que o clube não disputou na atual temporada, já está praticamente assegurada.

O Milan entrou em campo com Kaká fazendo dupla de ataque ao lado do veterano Inzaghi. E o entrosamento entre os dois valeu a vitória sobre o Catania. Depois de quase abrir o placar com Maldini no começo da partida, a equipe rossonera fez o primeiro aos 27 minutos. Kaká puxou rápido contra-ataque pelo lado direito e tocou na medida para Inzaghi que, dentro da área, chutou sem chances para o goleiro Kosicky.

No segundo tempo, controlando completamente a partida, o Milan fez o segundo com Kaká. Após cruzamento do lado esquerdo, Beckham cabeceou para defesa parcial de Kosicky. No rebote, o ex-são-paulino foi mais ágil que a zaga do Catania e ampliou aos 12 minutos.

Careca, Pato entra, mas passa em branco. Mattioni estreia

Pato, que voltou a ser relacionado depois de se recuperar de uma lesão muscular, entrou aos 28 minutos no lugar de Inzaghi. No entanto, o visual novo do atacante – cabeça raspada ao melhor estilo Ronaldo da década de 90 – não lhe trouxe muita sorte. O ex-colorado teve três chances de marcar, mas acabou passando em branco.

No final da partida, aos 44, o técnico Carlo Ancelotti promoveu a estreia do ex-gremista Felipe Mattioni em uma partida oficial do Milan. O brasileiro entrou no lugar de Kaká. Ronaldinho Gaúcho, com cara de poucos amigos, esquentou o banco de reservas.

Confira os resultados da 34ª rodada do Campeonato Italiano

Sábado


Inter de Milão x Lazio
Bologna 1 x 2 Reggina

Domingo

Juventus 2 x 2 Lecce
Catania 0 x 2 Milan
Fiorentina 1 x 0 Torino
Palermo 5 x 1 Cagliari
Roma 0 x 0 Chievo
Siena 2 x 1 Napoli
Udinese 3 x 0 Atalanta